geolocalização como biometria

por Rafael Evangelista em 9 de maio de 2013, zero comentários

Sabe essas câmeras que filmam a Marginal, em São Paulo, só caguetando o pessoal que está furando o rodízio? Pois bem, agora imagina o banco de dados de todas essas câmeras X9 do país inteiro. A EFF não está contente porque, segundo uma pesquisa publicada pela Nature, com esses dados seria possível identificar pessoas com 95% de certeza.

Fotografando uma única placa de licença, uma vez, em uma rua da pública, pode não parecer problemático. Mas quando os dados são colocados em um banco de dados, combinado com outros scans dessa mesma placa em outras ruas da cidade, e armazenados para sempre, ele pode se tornar muito revelador. Informações sobre a sua localização ao longo do tempo pode mostrar não só onde você vive e trabalha, mas suas crenças políticas e religiosas, seus hábitos sociais e sexuais, suas visitas ao médico e suas associações com os outros. E, de acordo com pesquisa recente da revista Nature, é possível identificar 95% dos indivíduos com apenas quatro pontos de dados geoespaciais, selecionados aleatoriamente (local + tempo), fazendo com que os dados de localização se tornem o identificador biométrico último.

Em inglês, que fica mais apoteótico:

THE ULTIMATE BIOMETRIC IDENTIFIER

O original da EFF: Automated License Plate Readers Threaten Our Privacy

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