O inverso do impostômetro é mais massa e tem mais noção

por Rafael Evangelista em 15 de abril de 2013, Comentários desativados em O inverso do impostômetro é mais massa e tem mais noção

As mais ricas, mais poderosas corporações estão roubando centenas de milhares de milhões de dólares do nosso tesouro a cada ano por esquivarem-se de seus impostos – enquanto o resto de nós paga a conta e aceita a austeridade. Então nós fomos onde eles vivem.

 

E você pode jogar também, você pode atirar na GE, no CITIBANK!!! Vai lá http://taxevaders.net/

Via Facebook do The Yes Men.

Scanners 3D já alcançam 1 km

por Rafael Evangelista em 13 de abril de 2013, Comentários desativados em Scanners 3D já alcançam 1 km

E além da visão além do alcance já capturam objetos “não cooperativos”

Pesquisadores desenvolveram um novo sistema de câmera 3D que pode capturar pulsos de laser dos chamados objetos “não cooperativos” – feitos de superfícies que até não refletem adequadamente a luz laser, como tecidos. (…) A outra melhoria grande para este scanner é o seu alcance – de acordo com os investigadores, imagens precisas ao nível milimétrico podem ser geradas a partir de até um quilômetro de distância. Eventualmente, a equipe espera que o alcance da câmera seja dez vezes maior.

Imagens capturadas pelo scanner:

Mas a mais arguta observação vem de um comentário da matéria da The Verge:

A próxima onda de vigilância depois das câmeras em drones é de scanners 3D em drones. Dessa forma, eles podem identificar quem você é, onde você está, e o tamanho da sua bunda.

mudança na lei de direitos autorais na austrália pode incluir mecanismos de uso justo

por T. C. Soares em 13 de abril de 2013, Comentários desativados em mudança na lei de direitos autorais na austrália pode incluir mecanismos de uso justo

A Austrália está revendo sua lei de direitos autorais e talvez rolem grandes mudanças.

Ao que parece a Comissão Australiana de Reforma Legislativa (ALRC, na sigla original), em reunião realizada ontem, revelou algumas das reformas propostas, a serem lançadas oficialmente num paper no final de maio. Ouvimos de algumas pessoas presentes no encontro que as informações reveladas na reunião deveriam ser mantidas em segredo, mas parece que a Australian Law Library Association queimou a largada com alguns tweets, felizmente, reveladores.

O tweet chave é o que revela que a ALRC irá recomendar que o Uso Justo seja implementado na Austrália. Uma grande e excelente notícia. Claro, agora é ver de perto como a indústria do entretenimento terá um chilique completo sobre como o Uso Justo seria terrível pro país.

Essa parte sobre a indústria do entretenimento fazendo de tudo pra tratorar possíveis mudanças na lei de direitos autorais é coisa bem familiar pra quem acompanhou o debate no Brasil nos últimos três anos. Mais sobre o conceito de Uso Justo em direitos autorais pode ser visto aqui.

Do TechDirt.

@mapamundi

por T. C. Soares em 13 de abril de 2013, Comentários desativados em @mapamundi

Cientistas usaram o Twitter pra fazer um mapa das línguas do mundo.

Cerca de seis milhões de pessoas ao redor do mundo postam no Twitter, produzindo cerca de 650 mil novos tweets por dia. E 1% destes incluem localizações geográficas. A combinação entre idioma e local permitiu a cientistas calcular a língua dominante de determinada região. Eles apresentaram seu trabalho no Encontro de Março da Sociedade Americana de Física. [Delia Mocanu et al., Language Geography from Microblogging Platforms].

Os pesquisadores tiveram acesso livre a um décimo de todos os tweets, que foram processados por um detector de linguagem automatizado. Ao jogar as línguas do Twitter num mapa, foram reveladas fronteiras altamente precisas para os países europeus – uma boa prova do conceito por trás do esforço. Em uma escala muito menor, a geografia do Twitter refletiu os pequenos bolsões de falantes de coreano e russo em bairros de de Nova Iorque.

É interessante como esses processos de mapeamentos baseados na leitura de fluxos de informação deve mudar a própria noção que temos dos mapas. Acho.

Da Scientific American.

por apenas $3.99 você pode ler este texto na versão plus

por T. C. Soares em 12 de abril de 2013, Comentários desativados em por apenas $3.99 você pode ler este texto na versão plus

Sabe quando você empresta o celular pra alguma criança curtir um jogo e depois fica sabendo que ela gastou 60 dólares em vidas extras avatares carrinhos especiais novos inimigos? Então, o governo britânico vai investigar isso.

O governo britânico abriu uma investigação para descobrir se crianças vem sendo incorretamente orientadas a baixar jogos gratuitos que ofereçam apps de compras. O Office of Fair Trading (OFT), disse que investigará se desenvolvedores de jogos estão “potencialmente enganando” crianças, ou se estão adotando “práticas comerciais agressivas” para que façam compras em jogos gratuitos para dispositivos móveis ou a web. O OFT é a autoridade do Reino Unido dedicada a consumidores e concorrência (…) e já investigou (e aprovou) a aquisição do Instagram pelo Facebook por U$ 1 bilhão.

a nasa quer rebocar um asteroide

por T. C. Soares em 11 de abril de 2013, 2 comments

Metade da coisa é aprender a ir pra Marte, metade é convencer investidores a minerar no espaço.

A NASA quer identificar algum asteróide interessante voando no espaço profundo, descobrir uma maneira de capturá-lo, empurrá-lo para a nossa região planetária e, então, deixá-lo em órbita ao redor da lua, anunciou a agência na quarta-feira.

A captura será feita roboticamente, e o asteróide re-localizado se tornaria um destino para que os astronautas o exploressem — e, possivelmente, para que empresários espaciais o minerassem.

Essas metas incluem aprender a identificar asteróides vindo ao nosso encontro e mudar seu curso, encontrar destinos aonde astronautas possam ir na tentativa de aprender como viajar para Marte, e demonstrar oportunidades para investidores do espaço.

(…)

Como explicado por Paul Dimotakis, um dos cientistas do Institute for Space Studies trabalhando no projeto, a física do empreendimento requer que NASA mire um asteróide relativamente pequeno (de 500 a 1.000 toneladas). Ele precisa ter a consistência de lama seca e estar numa trajetória que o levaria para perto da Terra e da Lua, mesmo sem um rebocador.

Da National Geographic.

♫ Bolha, bolha, olha bolha ♫ (de bitcoins)

por Rafael Evangelista em 10 de abril de 2013, Comentários desativados em ♫ Bolha, bolha, olha bolha ♫ (de bitcoins)

Em pouco mais de um mês, o valor do bitcoin, aquela moeda da internet amada pela direita liberalóide sem garantia de um Banco Central, foi de US$ 13,50 para US$ 250,00. Te parece uma bolha? Bom, é o que está todo mundo achando.

Agora, a parte mais louca dessa história é a origem dessa alta procura pela moeda. Segundo a Vanity Fair:

O que causou este salto sem precedentes, que se traduz em um retorno de 4 mil porcento em um ano? O consenso geral é de que a crise financeira no Chipre, que levou a propostas para mexer contas bancárias nacionais, desencadeou um pânico entre os espanhóis, que temiam que o tumulto iria atravessar o Mediterrâneo e colocar as suas poupanças em risco. Números tão grandes de eles converteram seus euros em Bitcoins digitais.

Mas é mentira que a parte mais louca da história é esse último boom. TODA a história do bitcom é louca.

Essa matéria da Wired, de 2011, é bem boa e conta toda a história, desde a criação até uma outra bolha já vivida pelo bitcoin. Começa assim:

Em 01 de novembro de 2008, um homem chamado Satoshi Nakamoto postou um trabalho de pesquisa, para um lista eletrônica obscura de criptografia, descrevendo seu projeto para uma nova moeda digital que ele chamou de bitcoin. Nenhum dos veteranos da lista tinha ouvido falar dele, e a pouca informação que poderia ser adquirida era obscura e contraditória. Em um perfil online, ele disse que viveu no Japão. Seu endereço de e-mail era de um serviço gratuito alemão. Pesquisas do Google para o seu nome não mostraram nenhuma informação relevante, era claramente um pseudônimo. Mas enquanto o próprio Nakamoto pode ter sido um quebra-cabeça, a sua criação resolveu um problema que tinha perplexo criptógrafos por décadas. A idéia de dinheiro digital – conveniente e indetectável, liberado da fiscalização dos governos e dos bancos – tinha sido um tema quente desde o nascimento da Internet. Cypherpunks, o movimento de 1990 de criptógrafos libertários, dedicaram-se ao projeto. No entanto, todos os esforços para criar dinheiro virtual tinha fracassado. ECash, um sistema anônimo lançado no início de 1990 por criptógrafo David Chaum, falhou em parte porque dependia das infra-estruturas existentes de empresas de cartão de crédito e do governo. Outras propostas surgiram: bit gold, RPOW, b-money. Mas nenhuma decolou.

A Vanity Fair vê a valorização atual do bitcoin como um sinal do seu maior problema: ele não é uma moeda de verdade, o pessoal tá entrando nisso como “investimento” (ou seja, especulação). A revista dá três motivos pra se manter uma distância segura do bitcoin:

– Se você não consegue descobrir que desenvolveu o instrumento financeiro, fique longe

– Se um hacker pode roubar todo o seu dinheiro acessando o seu computador, fique longe.

– Quando um grande player financeiro se refere a um investimento como parte de um “esquema”, fique longe (O Banco Central europeu publicou um estudo recentemente dizendo que o problema do esquema bitcoin é de assimetria de informação, ou seja, a rapaziada tá entrando nessa sem entender muito bem do que se trata e como a coisa funciona)

ah vá

por T. C. Soares em 10 de abril de 2013, Comentários desativados em ah vá

E descobriram que é bem possível que terroristas também se interessem em descolar uns drones.

Segundo relatório do Project 2049 Institute (publicado no TechCrunch.com), drones militares baratos estão no horizonte, o que poderia ser problema caso caiam nas mãos de pequenas células terroristas. O relatório do instituto adverte que a China iniciou seu programa de drones, o que tornaria mapeamento aéreo e possíveis ataques muito mais fácil para grupos pequenos.

“Em qualquer cenário de conflito para os próximos cinco ou dez anos, a proliferação de UAVs (sigla em inglês para “veículos aéreos não pilotados”) deverá complicar as coisas para os militares dos EUA”, disse Ian Easton, um dos autores do relatório.

fahrenheit ios

por T. C. Soares em 10 de abril de 2013, Comentários desativados em fahrenheit ios

E a Apple proibiu que aplicativos de quadrinhos rodando em seus dispositivos vendessem o novo gibi do Brian K. Vaughan (autor de “Y: O Último Homem” e “Ex Machina”, e roteirista de Lost). Parece que a justificativa tem a ver com cenas de sexo gay.

Vaughan (mais conhecido por “Y: O Último Homem”), emitiu uma declaração dizendo que Saga nº 12 não seria vendida pelo Comixology ou qualquer aplicativo de terceiros para o iOS. “Como já deixamos claro desde a primeira página da nossa primeira edição, Saga é a proverbial série para o ‘leitor adulto'”, escreveu. “Infelizmente, por causa de duas imagens de sexo gay do tamanho de um selo postal, a Apple está proibindo que o nº 12 de Saga, que vai sair amanhã, seja vendido através de qualquer aplicativo para o iOS. É uma tristeza, especialmente porque nossa revista já mostrou imagens que eu consideraria muito mais gráficas anteriormente, mas fazer o quê.”

Do The Verge.

posteridade lá vou eu

por T. C. Soares em 9 de abril de 2013, Comentários desativados em posteridade lá vou eu

A British Library vai adicionar bilhões de páginas de internet e tweets ao seu acervo.

Material de 1 bilhão de páginas de quase 5 milhões de sites .uk, além de tweets públicos e entradas do Facebook, são preservados para o registro histórico em seis bibliotecas no Reino Unido e Irlanda.

O projeto visa preservar um registro digital de eventos e obras culturais e intelectuais que complemente os arquivos impressos tradicionais, e começa no sábado.

Seus organizadores dizem que cópias de cada tweet público e entrada de Facebook no Reino Unido poderia, eventualmente, ser incluído. O esforço também irá cobrir ebooks e edições de jornal para iPad, entre outras formas digitais.

(…)

A triagem irá incluir material de áudio e video embedado, mas a regulamentação não abrange mídias como o YouTube ou o Spotify. Posteriormente, o projeto buscará identificar sites do Reino Unido em domínios .org e .com.

(…)

Roly Keating, executivo-chefe da British Library, disse que há “um perigo muito real” de milhões de páginas da web, e-publicações e outros itens não impressos “caiam pelas rachaduras de um sistema que foi concebido primariamente para capturar tinta e papel”.

Do Guardian.