Quando os paraísos fiscais não são baratos o bastante…
Parece que a a Apple está levando a sério demais a falácia de que conteúdos em nuvem não existem em lugar nenhum. Tão a sério que a está usando para evitar o pagamento de bilhões de dólares em impostos, tanto nos EUA quanto no exterior.
Do NYTimes
Investigadores do Congresso descobriram que algumas das subsidiárias da Apple não tinham funcionários e foram em grande parte dirigidas por altos funcionários da sede da empresa em Cupertino, na Califórnia Mas, localizando-os oficialmente em lugares como a Irlanda, a Apple foi capaz de, com efeito, torná-las sem Estado – isentas de impostos, manutenção de registos legais e da necessidade de as subsidiárias apresentarem até mesmo declarações fiscais em qualquer lugar do mundo.
Ainda assim:
Os investigadores não acusaram a Apple de violar nenhuma lei e a empresa não é a única multinacional americana a enfrentar escrutínio sobre a utilização de estruturas empresariais complexas e paraísos fiscais para contornar impostos. Nos últimos meses, revelações de autoridades europeias sobre as estratégias de evasão fiscal utilizadas pelo Google, Starbucks e Amazon têm despertado a ira pública, estimulando vários governos europeus (…) a discutirem medidas para sanar as brechas legais.
E a cara de pau:
Ainda assim, o caso da Apple é notável, tanto para a enorme quantidade de dinheiro envolvido quanto pela audácia da empresa em afirmar suas subsidiárias estão além do alcance de qualquer autoridade tributária
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