Seus comentários nas redes sociais podem ser o futuro da pesquisa eleitoral.
Segundo pesquisadores da Universidade de Indiana, a ligação entre tweets e os votos nas eleições políticas pode ser mais forte do que se pensava. Em um estudo analisando 537 milhões de tweets de agosto de 2010 – a maior amostra de tweets tornada acessível a pesquisadores acadêmicos – o percentual de votos para os candidatos Democratas e Republicanos na Câmara dos Representantes (dos EUA) é parelha ao percentual de tweets em que são mencionados.
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O estudo contribui para a crescente evidência de que as redes sociais não são, como se pensava, efêmeras fontes de informação infestadas de spam. Na verdade, o Twitter e o Facebook podem vir a ser o meio mais válido para se medir o eleitorado norte-americano, uma vez que os sentimentos nas mensagens de fato não faz muita diferença.
É verdade que nesse caso o exemplo dos EUA tem muitas assimetrias em relação ao Brasil, especialmente no que diz respeito à inclusão e ao letramento digital. E a diferença nos sistemas políticos também poderia vir a interferir nas métricas de análise de intenção de votos em redes sociais e tal. Mas é bem possível que com o tempo esse seja o cenário também por aqui, e é difícil deixar de pensar que na verdade estamos respondendo a pesquisas nas redes sociais o tempo todo – o segredo é só criar o formulário certo pra tabular o que já dizemos. Enfim, big data é isso.